Sentada num sofá imitando couro preto, Zaida Hernández conversa com sua amiga Ana no King’s Pub, na Cidade do México. O ambiente é pouco iluminado, a música é alta e a oferta especial da noite é de pizza e frozen mojitos, servidos numa ampla taça de martíni.
Mas Hernández, uma estudante de design de rosto redondo, não está tomando nenhum mojito. Ela está bebendo a cerveja Duff Beer, a preferida de Homer Simpson.
“Estávamos buscando algo diferente”, disse ela, olhando com atenção o rótulo, que é praticamente o mesmo que aparece nas latas do desenho animado. “Quando alguém oferece Duff para você, acho que você basicamente tem que experimentar.”
A cerveja é produzida em Tijuana por uma companhia chamada Simpson’s Brewing Company, o que é uma coincidência, enfatiza Contreras.
Ele diz que as vendas na Europa, onde ele lançou a cerveja, agora variam entre 25 e 30 contêineres por mês – um contêiner comporta 1.716 caixas de 24 garrafas cada – comparado aos seis que vendia quando começou, em 2006.
No México, as vendas aumentaram de dois contêineres por mês, quando ele começou a produção, para cerca de dez no começo deste ano.
Esse crescimento é impressionante, dado que Contreras não gastou quase nada em publicidade. Mas como diz Javier Suarez, gerente do King’s Pub: “No momento em que oferecemos aos fregueses a Duff Beer dos Simpsons, eles praticamente arrancam-na das nossas mãos.”
Mas a mesma razão para o sucesso da bebida também pode ser um obstáculo. A maioria dos consumidores sabe que a bebida ficcional é uma paródia do tipo de cerveja produzida em massa e encontrada em todo o território dos Estados Unidos. Além disso, seu consumidor mais famoso dificilmente é um modelo de comportamento para a maioria das pessoas. E Contreras admite: “Adoramos Homer, mas não necessariamente queremos ser como ele. Meu maior medo é que as pessoas comprem Duff Beer só uma vez para guardar a garrafa.”
Contreras diz que o próximo passo é começar a produzir a Duff em latas, como as que Homer bebe. A ideia é fazer uma produção inicial de 300 mil latas no México. Ele investiu cerca de US$ 400 mil (R$ 691 mil) para colocá-las no mercado, e a cervejaria de Tijuana investiu mais US$ 1,1 milhão (R$ 1,9 milhão). Contreras também pretende estabelecer 35 bares em todo o México onde venderá a cerveja.
Fonte: Adam Tomson, Financial Times, UOL/Tradução Eloise De Vylder. Leia mais ao clicar aqui.
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